domingo, 7 de fevereiro de 2010

It's your turn to be appreciated!


E se...
Numa galeria, num museu, a obra exposta fosse o visitante, o crítico, o estudante?!
Como seria sentir-mo-nos observados, criticados e até tocados?!
E se... Um Munch te ecoasse um grito?!
Ou... Um Botero te chamasse magricela?!
Ou... Um Lichtenstein te segredasse com ironia 'Cartoon'?!
Isto é... MARGS... 
É a tua vez de seres apreciado(a)!


Um excelente conceito, artisticamente falando, desta campanha para o Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, em Porto Alegre, Brasil. 
Com o tema ” É a sua vez de ser admirado”, a campanha coloca a obra no lugar do espectador, para pedir donativos e convidando-o a ser um amigo do MARGS.
Uma ideia luminosa por este lado.
Mas, diz-me...e tu, apreciado(a) assim, o que farias?! 

FerdoS 


3 comentários:

  1. Para que a arte possa ser arte, não se lhe exige uma sinceridade absoluta, mas algum tipo de sinceridade. Um homem pode escrever um bom soneto de amor sob duas condições - porque está consumido pelo amor, ou porque está consumido pela arte. Tem de ser sincero no amor ou na arte; não pode ser ilustre em nenhum deles, ou seja no que for, de outro modo. Pode arder por dentro, sem pensar no soneto que está a escrever; pode arder por fora, sem pensar no amor que está a imaginar. Mas tem de estar a arder algures. De contrário, não conseguirá transcender a sua inferioridade humana.

    Fernando Pessoa, in 'Heróstato'

    'É a sua vez de ser admirado!'

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  2. Anonymous friend, amigo(a), obrigado pela visita e palavras deste Nosso Fernando.
    E, para agradecer num mesmo tom, num mesmo sentir, ou apenas porque sim, partilho um poema da também Nossa Florbela, pois o Amor e a Arte estão por aqui e estarão sempre nesse Mágico Lugar!

    "Refugia-te na Arte" diz-me Alguém
    "Eleva-te num vôo espiritual,
    Esquece o teu amor, ri do teu mal,
    Olhando-te a ti própria com desdém.

    Só é grande e perfeito o que nos vem
    Do que em nós é Divino e imortal!
    Cega de luz e tonta de ideal
    Busca em ti a Verdade e em mais ninguém!"

    No poente doirado como a chama
    Estas palavras morrem... E n'Aquele
    Que é triste, como eu, fico a pensar...

    O poente tem alma: sente e ama!
    E, porque o sol é cor dos olhos d'Ele,
    Eu fico olhando o sol, a soluçar...

    Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade"

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  3. Qual o seu titulo?!
    Lapso meu, e...
    Em meu perdão, perdão quase meu :)

    O poema responde por:'O Que Alguém Disse'.
    Apropriado neste caso Anonymous friend
    Os FFs agradecem

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