sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Kahlil Gibran...O Espírito Rebelde d' O Profeta.

De O Profeta a Espírito Rebelde... 
O poeta e prosador Gibran. 
De Divine World a L'Automne... 
O artista pintor Kahlil. 
No Amor à sua Mary Haskell... 
A Alma e Coração de Gibran. 
Do Libanês Bsharri para a Boston americana... 
O estadista, conferencista e filósofo. 
A quem nunca o apresentei, o meu sincero perdão. 
A quem conhece o seu papel grafitado ou tela esboçada, 
deixo-me sorrir, e para todos sopro o seu entoar... 
Gibran Kahlil Gibran 
جبران خليل جبران بن ميکائيل بن سعد
... 
Do seu Ser, do seu Sentir...
Também por aqui uma parte de mim.
Percorrendo as pontes e ruelas deste Gran Canal facilmente encontramos palavras minhas, palavras tuas, palavras suas...

"A beleza da escrita de Kahlil Gibran transparece em toda a sua obra. A ela se alia uma forma incomparável de descrição dos sentimentos que trespassam a alma humana.
Em Espírito Rebelde, essa característica surge em todo o seu esplendor, como se as personagens que o incorporam erguessem verdadeiros altares a valores tão puros e sublimes como sejam o Amor, a Verdade e a Dignidade."  


"In a distant, timeless place, a mysterious Prophet walks the sands. At the moment of his departure, he wishes to offer the people gifts but possesses nothing. The people gather round, each asks a question of the heart, and the man's wisdom is his gift. It is Gibran's gift to us, as well, for Gibran's prophet is rivaled in his wisdom only by the founders of the world's great religions."

"E o Deus dos deuses separou de si mesmo uma alma e a dotou de beleza.
E deu-lhe a suavidade da brisa matinal e o perfume das flores do campo e a doçura do luar.
E entregou-lhe a taça da alegria, dizendo-lhe: "Só poderás beber desta taça se esqueceres o passado e não te preocupares com o futuro.
E entregou-lhe a taça da tristeza, dizendo: "Bebe dela, e compreenderás a essência da alegria da vida.
E soprou nela um amor que a abandonaria ao primeiro suspiro de saciedade, e uma meiguice que a abandonaria à primeira manifestação de orgulho.
E fez descer sobre ela, do céu, um instinto que lhe revelaria os caminhos da verdade.
E depositou nas suas profundezas uma visão que vê, o que não se vê.
E criou nela sentimentos que deslizam com as sombras e caminham com os fantasmas.
E vestiu-a de um vestido de paixão que os anjos teceram com as ondulações do arco-íris.
E colocou nela as trevas da dúvida, que são as sombras da luz.
E tomou fogo da forja do ódio, e ventos do deserto da ignorância, e areia do mar do egoísmo, e terra pisada pelos pés dos séculos e amassou todos esses elementos e fez o homem.
E deu-lhe uma força cega que se inflama nas horas de loucura e desvanece diante das tentações.
Depois, depositou nele a vida, que é o reflexo da morte.
E sorriu o Deus dos deuses, e chorou, e sentiu um amor incomensurável e infinito e uniu o homem e a alma."

Remembering The Prophet and Spirits Rebellious...
If you didn't read it, let me tell you... It´s Two of a kind!!!

FerdoS

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Guyaco...

( Guyaco - 1993 - 120x80 )
ϜSΣRRANΦ ©

Numa época em que tanto se fala em reciclagem, e a Mãe agradece, pensei em recordar um velhinho quadro de 93. Utilizando madeira de pequenos contentores inutilizados, ripas que já não tinham a quem pertencer, aparas e parafusos singulares, restos de tintas e vernizes de latas passadas, adicionou-se umas quantas chaves de baús já perdidos, e assim o Guyaco nasceu!
Shiuuu...
Tal como esses baús que transportaram segredos que apenas podemos tentar imaginar, também a reciclagem nos deixa a 'Magicar'! Não, claro que não sou contra, como poderia ser! Mas, sejamos sinceros, além de proceder a uma pré-selecção doméstica, ainda temos que a duplamente pagar?!... Basta olharmos com atenção para a folha mensal que nos chega da empresa fornecedora do bem mais precioso.
Lixo variável e lixo fixo doméstico, e o 'Recycle Bin' estará algures por lá...
Ouço alguém ranger os dentes e ditar "É para pagar a recolha!", e eu respondo "Serviços municipaliz...?!... Está bem tá!".
Como diria Manu Chao 'Politik Kills'... me!!!
Talvez esteja frágil com uma cifra sui generis que despendi nos últimos dias, talvez!
Enfim... O melhor será mesmo reciclar, sem MAS, e uns novos Guyaco poderão aparecer.
Uma questão ficou-me ainda a pairar...
Mãe... Será que posso reciclar tudo o que me pareça inutilizável?! :)

FerdoS

sábado, 16 de janeiro de 2010

Números y Constelaciones en el Amor con una Mujer...



Situada no alto do Parque Montjuic, temos a sua fundação, a Fundació Joan Miró. Local que tentei visitar por duas vezes e que, por não pontualidade inglesa, me deixou apenas na entrada. Os seguidores de Evão e Ada lembrar-se-ao d'Una Ponte Catalan. Mas hoje falamos aqui do artista e não da sua fundação e muito menos das minhas assincronias...
...
Estávamos no ano de 1893 e na bela Barcelona nasceria um filho de relojoeiro que se viria a tornar um dos maiores artistas plásticos do Século XX. E como nem sempre filho de peixe sabe nadar, Joan foi pressionado desde tenra idade para seguir o oficio de família, desagradando-o e colocando-lhe uma enorme depressão em cima. - "Comum nos grandes artistas!" - Sim, tens razão.
A doença obrigou-o a deslocar-se para Tarragona, onde se dedicaria inteiramente à pintura, e aonde voltaria, mais tarde, frequentemente em busca de inspiração. Frequentou a Escola de Belas-Artes da capital catalã e a Academia de Gali. Em 1919, depois de completar os seus estudos, visitou Paris, onde entrou em contacto com as tendências modernistas como os Fauvismo e Dadaísmo. Acaba por se instalar em Paris onde encontra Picasso, Maurice Raynal, Reverdy, Trisan Tzara e Max Jacob. Após um período caracterizado por um intenso realismo, acaba por conhecer o fundador do movimento em que trabalharia toda a vida, André Breton, entre outros artistas surrealistas, participando na primeira exposição surrealista em 1925. Trabalhou no mundo do teatro e da dança, iniciando-se com a cenografia, juntamente com Max Ernst, de Romeu e Julieta para o Ballet Russo.

 

A mente de Miró mostrou-se muito criativa ao longo de sua vida. Durante os seus estudos de arte treinava, por orientação dos seus professores, a desenhar objectos que conhecia apenas através do tacto. De olhos vendados, era-lhe dado um objecto e depois desenhava-o para se libertar da aparência real das coisas. Também treinava pintando paisagens gravadas na sua mente. Por vezes, percorria um novo lugar, observava-o e depois voltava para o atelier para começar a trabalhar. Talvez devido a esses exercícios, somados a uma tendência natural, tenham feito de Miró uma mente privilegiada.
Deixou-se influenciar por todas as correntes de arte com que tomou contacto, Cubista, Surrealista, Abstraccionista, sendo facilmente assimiladas nos seus trabalhos, onde tudo ia sendo absorvido, processado, misturado, temperado e apresentado, como uma maneira própria e extremamente rica de interpretar o mundo. Miró procurava mostrar a realidade de uma forma simplificada, quase infantil, simbólica, sem a complexidade e o mistério de um surrealismo tipo Salvador Dali ou René Magritte.
Em 1941, concebeu a sua mais conhecida e bela obra 'Números e constelações em amor com uma mulher'. A sua grande criatividade conduziu-o a experimentar em campos tão diversos como gravura, cerâmica, escultura e tapeçaria. Criador de novas técnicas nos trabalhos de cerâmica e de uma maneira peculiar de exercer o ofício de pintor, Miró foi premiado, agraciado com títulos e homenageado nos quatro cantos do mundo, superando amplamente todas as dificuldades iniciais encontradas na juventude e no início da idade adulta. No fim da sua vida reduziu os elementos da sua linguagem artística a pontos, linhas, alguns símbolos e reduziu a cor, passando a usar basicamente o branco e o preto, ficando esta ainda mais Naif. Com 90 anos, acabou por falecer em Palma de Maiorca, curiosamente num dia de Natal.
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Els números i les constelacions en l'amor amb una dona!
 Obviamente que me identifico com Joan, com Miró, com a sua inspiração...
Na Simbologia, nas Constelações...  No Todo que é O Amor A Uma Mulher!

FerdoS

 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Forjado em brasas... Leviathan!

( Leviatã - 1992 )
ϜSΣRRANΦ ©

 "Hellraiser inicia com Frank Cotton comprando a um mercador uma antiga relíquia em forma de cubo, conhecida como a Configuração do Lamento. Segundo a lenda, este cubo é capaz de abrir uma passagem para um reino de prazer sensual inimaginável. Em troca do prazer, o cubo exige a alma do utilizador. Assim que Frank resolve o quebra-cabeça e abre o cubo, ele entra numa outra dimensão povoada pelos Cenobitas, criaturas deformadas, vestindo couro preto, que sentem prazer na dor. Só então Frank percebe que a noção de 'prazer' dos Cenobitas não é a mesma que a sua. Ganchos e correntes saem da escuridão, rasgando a carne de Frank e partindo o seu corpo em pedaços. Frank é condenado a uma eternidade nessa outra dimensão, experimentando simultaneamente tortura e prazer... Na última cena do filme, o cubo está de volta às mãos do mesmo mercador que vendeu a caixa a Frank no início. O mercador pergunta a um possível comprador a frase seminal do filme: 'O que lhe dá prazer, senhor?'." - in Wikipedia
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Leviatã (Leviathan ou Leviatha) é dado na demonologia como um dos quatro príncipes coroados do inferno. É o monstro marinho bíblico, de enormes proporções e rei de todas as criaturas do mar. O seu nome vem do hebraico, e significa literalmente; Serpente Tortuosa, uma referência tanto a sua natureza animalesca como ao seu aspecto oculto. Seu arquétipo refere-se a brutalidade, ferocidade e aos impulsos mais selvagens e não contidos da humanidade.
A descrição visual de Leviatã é sempre a de uma criatura abissal de proporções gigantescas. Segundo os escritos de La Légende Dorêe, datados de 1518, Leviatã é comparável a um dragão, metade besta e metade peixe, muito maior que um boi e absurdamente mais comprido e rápido que um cavalo. Seus dentes são agudos como espadas e possui chifres em ambos os lados da cabeça. O Dicionário Judaico de Lendas e Tradições afirma que os olhos do Leviatã iluminam o mar a noite e podem ser vistos a milhas de distância. A água ao seu redor ferve com o hálito quente de sua boca, o que o faz ser sempre acompanhado de cortinas de vapor escaldante.
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Durante as grandes navegações do século XIV e XV, Leviatã personificou o medo do Mar e do desconhecido. Nesta época não foram poucos os relatos de que tripulações inteiras dragadas por este ser, que era tido como a besta marinha por excelência que se escondia nas tempestades, destruía portos inteiros e afundava as embarcações.
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E assim foi forjado em brasas este vermelho Leviatã!

FerdoS

domingo, 10 de janeiro de 2010

Junto ao Tamisa, quisera eu Tatear!...



Junto ao Tamisa...
Nesse cinzento e fresco Outubro... Quisera eu Tatear!
(Tatear?!... O novo acordo ortográfico até que deu jeito neste caso!)
Por aqui passeávamos, eu e os meus frescos afilhados, The Pebble Family! :)
 Moderno e contemporâneo, na sua frente abrandamos e por fim paramos...
Tate Modern London, aqui estamos!
Nesse ano, nesse mês, nesse dia, mesmo ali, junto ao homem que queria no verde nadar, a Ementa dizia...
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 Louise Bourgeois, uma das mais famosas escultoras deste nosso planeta azul. Ao longo da sua carreira percorreu vários movimentos artísticos Avant-Garde, desde o Abstraccionismo até ao Realismo.
Os seus trabalhos abrangem os mais diversos materiais; gesso, látex, tecido, madeira, luzes, bronze, mármore, espelhos, etc.
Lembram-se da Aranha do Guggenheim em Bilbau?!... Louise, oui!



Nesse londrino cardápio podíamos ler a seguir...
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Hélio Oiticica, pintor e escultor, um dos artistas mais revolucionários do seu tempo, toda a sua obra experimental e inovadora é prova disso mesmo. Foi mestre na composição abstracta e na instalação, sendo o fundador do Grupo Neoconcreto, e criador da escultura móvel Parangolé!!!
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Nos Poetry and Dream Collection e Turbine Hall, exibiam-se os trabalhos e as esculturas/instalações da colombiana Doris Salcedo, grande utilizadora de móveis e diversas peças de mobiliário nas suas esculturas, substituindo-lhes o ar familiar, pelo mau estar e algum horror!



E tanto e tanto que um Tate tem para nos dar...
Junto ao Tamisa...
Junto ao Tamisa, quisera eu entrar!

FerdoS

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Dia de Reis em Florença...



Epifania a Firenze! 
 Questa festività viene rievocata con un corteo chiamato la “Cavalcata dei Magi”.
Assim o sonhei...
Assim o escrevi e pintei...
Assim acordei neste chuvoso dia de brandas palavras...
E assim estou, neste 'Dia de Reis em Florença'.



Agarro neste Taschen, neste Botticelli que me inspira ao regresso...
Saudades... Sim, talvez seja apenas uma bela saudade da Vecchia Firenze...
Nascimento de Vénus. Natividade. Vénus e Marte. A Primavera.
Recordo Sandro e os seus trabalhos...
Os Médicis e o seu vasto conhecimento...
Os Reis Magos e a questão da real cor de Baltazar...
Sorrio e deixo-me ficar...
"Entrando na casa, viram o menino, com Maria sua mãe. Prostando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra."



Falemos agora um pouco deste Gran Signore...
Pintor Italiano da segunda metade do Século XV e discípulo de Fra Filippo Lippi. Culto e de temperamento artístico apaixonado, desenvolve uma pintura narrativa e cria a sua própria oficina, começando a trabalhar para os Médicis. Alcança a maturidade com La Primavera e leva a cabo notáveis pinturas murais na La chiesa di Ognissanti de Florença, sua cidade natal. Um ano mais tarde, em Roma, faz parte da equipa encarregada das composições murais para a Capela Sistina.



Regressa a Florença, onde tem numerosas encomendas. Pinta as quatro tábuas da História de Nastagio degli Onesti, seguindo-se uma série referente à Divina Comédia de Dante.
No final da sua vida, deixa de tratar temas mitológicos e profanos e renuncia aos achados da perspectiva, voltando assim a uma pintura medieval.
Contemplemos o notável Sandro Botticelli e o meu Dia de Reis em Florença.

FerdoS