segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Un Monsieur Moleskine...




Quem nunca viu ou possuiu este objecto sem nome?!...
Rectangular e preto. De cantos arredondados
e aconchegado num elástico na mesma cor.
Uma fita marcadora, interior ou exterior, uma bolsa expansível
no recheio e uma lombada costurada que permite que ele
permaneça plano enquanto aberto.
Produzido por um pequeno encadernador francês durante mais
de um século, este companheiro de viagem, de cruzada,
de esboços e anotações, de histórias e idéias, tornar-se-ia lendário.
O seu nome é devido a um tipo de tecido e...e que ele não possui!
Claro que me refiro ao adorado Moleskine.
Percorreu  as mãos e os sentires de artistas e poetas vanguardistas,
imortalizando-se com nomes como Van Gogh, Picasso,
Henri Matisse, André Breton, Ernest Hemingway,
Bruce Chatwin ou Louis Férdinand Céline.



Mas em 1986 a papelaria que os fornecia em Paris
cessou a sua distribuição, ficando-se a saber que o último
fabricante de moleskines, uma pequena empresa familiar
estabelecida em Tours, descontinuara a sua produção
naquele ano, após o falecimento de seu proprietário.
Por incrível que possa parecer a marca Moleskine
foi registrada oficialmente apenas em 1996, por uma
empresa italiana, e voltando a ser lançada dois anos depois.
Mais tarde, em 2006, um fundo de investimento francês
comprou a empresa italiana, voltando assim
o 'Rectangular preto' à sua pátria.
Hoje podemos encontrá-lo nas lojas da especialidade
e até nas grandes superfícies comerciais.
 Em jeito de rodapé, posso afirmar que o Moleskine é:
simples, elegante, bonito e inspirador, 'Un Monsieur' quase perfeito.
E, num esboçado sorriso, sim, também o tenho!

FerdoS



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