Hoje fui a Montmartre... apeteceu-me revisita-la para um encontro.
Não existe outro lugar onde Paris seja mais parecida com a Paris que uma parte de mim ainda recorda. As ladeiras da “colina” com infindáveis escadas. Dezenas de cafés e pequenos restaurantes com mesinhas nas calçadas. Museus e artistas pintando nas ruas. Essa Paris, sim...
Recordo a viragem de século, XIX para XX, onde esse bairro era o local por excelência da vida boémia de Paris. Existiam ateliers de pintores como Renoir ou Picasso. Residências e frequentes visitas de alguns ilustres 'desconhecidos'. Degas, Cezanne, Monet e Van Gogh seriam alguns deles. As dançarinas mostravam as coxas no Moulin Rouge e faziam agrados a quem pudesse pagar, enquanto Tolouse-Loutrec caricaturava tudo e todos sem um simples esboçar de misericórdia.
O lugar era a noite perfeita da Paris da Belle Époque.
A história da 'Colina' já aqui foi contada recentemente, bem como do seu sagrado Taj Mahal parisense.
Eu disse Taj Mahal?!... Bom, talvez uma influência do orientalismo que se respirava na Europa nessa segunda metade do século XIX.
Mas, Montmartre é um misto de sensações. Ora de descoberta nossa, interior, ora de descoberta sua, exterior. Instantes de contemplação num déjà vu secular.
A modelo, sentava. A artista, pintava. A turista, passeava.
O café, pousado na chávena do Cher Eugéne, o cinzeiro metálico e o mapa da cidade-luz, seriam apenas o mais belo pretexto para um encontro... O Encontro...
O meu próprio (re)encontro em Montmartre.
Words and photos (2008) by FerdoS
Estive lá este ano no final de Agosto. :0)
ResponderEliminarMontmartre tem ruas tortuosas, ladeiras com escadas, casas antigas com amores-perfeitos nas janelas.
Montmartre parece um lugarzinho à parte em Paris... parece uma cidadezinha do interior dentro dela... Com sua colina inconfundível e seus artistas que se espalham pelas ruas. No alto a Basílica de “Sacre Coeur”.
Não se pode dizer se tantos artistas se reuniam em Montmartre por este ser um bairro boêmio, ou se o bairro se tornou boêmio por estes se reunirem por ali. O fato é que na vizinhança se localizam pontos famosos da boemia mundial, como o “Moulin Rouge”.
Em Montmartre até o nome das ruas tem um gostinho especial... a “Rue Lepic”, a “Rue Norvins”, a “Rue des Abesses”... e por ali tudo tem um sabor meio artístico e boêmio.
Andando alguns quarteirões... Encontramos-nos nas ruas do filme da “Amelie Poulain”, O Café “Deux Moulins”, é convidativo numa tarde quente. A personagem principal trabalhava neste exacto lugar, que fica na “Rue Lepic”.
No filme, “Meia-Noite em Paris”, Woody Allen captou muito bem o espírito de Montmartre, mostrando os artistas e os intelectuais que rondavam por ali na época. Existe uma cena em que Gil (Owen Wilson) se encontra com Adriana (Marion Cotillard), bem ali, nas escadinhas da “Sacre Coeur”, na “Rue du Chevalier de la Barre”.
Ainda hoje, as suas ruas se animam com artistas, turistas e vendedores ambulantes. No ponto mais alto fica a famosa e belíssima basílica do “Sacre Coeur”.
“Le Bateau Lavoir”, é o atelié onde “Modigliani” tirou a famosa fotografia de pernas cruzadas com as "mulheres pescoçudas" atrás. O ateliê original já não existe, foi completamente destruído por um incêndio. De qualquer forma, neste lugar, onde hoje funciona o Museu de Montmartre, podemos conhecer um pouco da História do referido lugar e dos pintores e artistas que passaram por lá. Foi neste ateliê que Picasso deu as pinceladas da “Demoiselles d´Avignon”, motivo suficiente para se gostar deste lugar. ;0)
É Impossivel ir a Paris sem passar por Montmartre. :0)