Verde floresta, amiga de sempre,
de volta à clareira, junto todos os pedaços de madeira.
Lianas e trepadeiras, troncos e ramos,
de volta à clareira, junto todos os achados.
Coloco-lhe um mastro, um novo rumo e uma vela,
de volta à clareira, junto todos os sonhos.
Aguardo o vento, camisa como vela,
de volta à clareira, junto uma porção de momentos.
A viagem tende a um inicio, a esperança torna-se desejo,
de volta à clareira, junto raios de um novo amanhecer...
A foz soluçou e despediu-se.
Lançados os búzios, a jangada da vida fez-se ao mar...
Esse mar
tão turquesa e tão vasto...
Os anciãos, os sábios, os Minóicos, chamam-lhe o centro da terra,
o centro deste nosso universo, desta nova era,
local de amores e desamores, de realidades e fantasias,
diremos apenas... de Sonhos e Mitologias!
Fácil de soletrar, difícil de encontrar.
Navegando sobre um nascer matinal, ela segue o seu rumo
um destino sem destino, um novo porto,
um crer no chamar, onde seja seguro atracar.
A viagem não foi dada por Cronos, existindo apenas momentos.
Rá aquece cada pedaço desse momento e que força ele possui!
A abundância na alma compensa a carência fisica,
fome e sede segredam-me palavras rudes...
A linha de terra firme, é absorvida pelo fim do horizonte
e a pelicula que cobre o meu corpo, muda ao poucos o seu tom.
Mesmo sorrindo, dentro de mim, sinto o teu sal e o teu sol...
Deitado na húmida madeira,
olho para a face reflectida no espelho aquático,
vejo o presente, vejo esse sorriso nesta imensidão,
vejo um forma esguia a aproximar-se...
O momento pára!
Parecendo uma pausa sem fim.
Serás...
Um peixe anjo voador?
Um unicórnio marinho?
Uma sereia familiar?
Ou apenas...
Uma mensagem numa garrafa largada ao mar.
FerdoS
Photo: Tela 'Message In A Bottle' 2010 by Fernando Serrano
Photo: Tela 'Message In A Bottle' 2010 by Fernando Serrano
Olá meu querido amigo,como é bom retornar a este cantinho, belas palavras...
ResponderEliminar" Verde floresta, Lianas e trepadeiras, de volta a clareira.. Aguardo o vento, camisa como vela, de volta a clareira... Navegando sobre um nascer matinal, de volta a clarerira..Fome e sede segredam-me palavras rudes...De volta a clareira..."
Profundo esse sentimento...Muito bonito este poema, esse cantinho sem dúvidas é acolhedor, beijos amigo.
Gosto particularmente do quadro. Ou sera colagem? Pouco versada nas artes que sou, pouco mais alem posso ir que do modesto "gosto" que ouco dizer tanto irrita os artistas. Mas gosto do movimento das ondas, dos pedacos de vida espalhados na areia e da garrafa clara e quase despercebida numa pequena poca que a acolhe. Como se receasse deixar de vez o oceano, prolongando ainda um pouco o mar que ate ali a levou. Como um parto, de resto.
ResponderEliminarDoce presença querida amiga FM, ontem, hoje, sempre :)
ResponderEliminarObg pelas palavras e nesse sentir este meu Sentir.
Beijinhos Azuis FM***
Ana, esse 'gosto' ou mesmo 'não gosto' é e será sempre bem-vindo, pois a Arte tem sempre essa dualidade no viver. Obrigado pelas palavras e sim, é técnica mista, incluindo também como a colagem.
ResponderEliminar'Como um parto,de resto.' Gostei! :)
Um abraço Ana